O BANHO DE RUI SANTOS...a Cunha Leal
1ºdisse o Rui:
Quatro anos depois da Tragédia de Heysel, ocorreu o Desastre de Hillsborough. Em plena década de oitenta, o futebol inglês vivia momentos conturbados. Fenómenos de violência associados a um fenómeno de desregulação, com estádios sobrelotados e sem condições, levaram um juiz-conselheiro de apelido Taylor a escrever um relatório sobre as medidas que preconizava para tornar exequível a estagnação de um “macroproblema” que não tinha solução à vista.O “relatório Taylor”, que punha em causa as lideranças do futebol britânico, encontrou muitas resistências e foi bastante contestado, mesmo na recomendação de que todos os estádios deveriam apresentar lugares sentados.Isto para dizer que faz falta, em Portugal, num período em que se tornam claros os tiques primitivos da bola indígena, um relatório não apócrifo, devidamente identificado, com medidas urgentes para tirar o futebol português do estado comatoso em que se encontra, não obstante as vozes de um artificial optimismo que nada mais fazem senão defender o seu negócio (quase sempre territorial), mesmo que estejam em causa situações de corrupção ou de escandaloso compadrio.É preciso acabar com o “futebol dos esquemas” – o regime que predominou nos últimos trinta anos. É preciso mudar o paradigma. Com gente mais preparada e menos terrorista.O”relatório Hermínio”, a emanação que mais se aproxima do “necessário e suficiente”, é um bom começo.Acredito que o achamento de Cunha Leal foi o atalho encontrado para condicionar os excessos de Valentim Loureiro. Mas, nesta pretensa “nova era”, não faz sentido um jurista (seja ele qual for) pôr o seu “fundamentalismo clubístico” como instrumento manipulador de massas acríticas.As cunhas desleais não honram o futebol nem os lugares, quando se percebe que o objectivo é prejudicar o FC Porto, para além daquilo que a instituição merece (?) ser prejudicada, a título de uma responsabilidade individual que se transforma em desonra para a colectividade.
2ºrespondeu o servente de Vieira, isto é, Cunha Leal
Invocando o meu direito à indignação, solicito a publicação deste esclarecimento/resposta ao escrito assinado por Rui Santos na última página do Record do dia 16 do corrente mês de Maio. Porque me chamaram a atenção para o facto de o escriba invocar o meu nome, submeti-me, a contragosto, ao sacrifício de ler os dislates de tal senhor. E comecei logo por não perceber se ele, no seu acostumado delírio, me responsabilizava pela tragédia de Heysel.Claro ficava, no entanto, o transtorno do iluminado comentador por não ter sido convidado a participar no programa “Prós e Contras”, da RTP, na segunda-feira antecedente. Todos sabemos quem deveria, por direito e génio próprios, ocupar a cadeira onde me sentei. É realmente absurdo, mesmo criminoso, discutir o que quer que seja sobre o futebol português sem a presença tutelar de Rui Santos e dos lugares-comuns com que polvilha as suas destemperadas intervenções.Sou, efectivamente, culpado de ter ousado expressar a minha opinião técnico-jurídica sobre as possíveis graves implicações para o FCP consequentes da aplicação, pela UEFA, do Regulamento da Liga dos Campeões, isto após a condenação do FCP SAD, em acórdão já transitado da Comissão Disciplinar da Liga de Clubes, por ilícito de corrupção na forma tentada. Uma opinião que, sublinhe-se, é acompanhada por vários ilustres juristas, todos certamente a soldo de forças demoníacas.Por causa desta ousadia de opinar sobre aquelas eventuais graves consequências que podem advir para o FCP – que a própria UEFA já veio admitir como plausíveis –, o infalível Rui Santos atribui-me, imagine-se, o papel de “manipulador de massas acríticas”, como se nesta função eu alguma vez tivesse capacidade para lhe chegar aos calcanhares, independentemente da altura dos saltos dos seus sapatos.Enveredando pelo campo da argumentação tresvariada, o autor do escrito brinca com o meu nome, no estilo desabrido que o caracteriza, para me acusar de deslealdade perante a instituição FCP, talvez na convicção de que terei sido eu a praticar as tentativas de corrupção em que foi condenado aquele clube/SAD ou até, quem sabe, a escrever o Regulamento da Liga dos Campeões.Ao estilo de Rui Santos, termino com uma pergunta: “Até quando teremos que aturar tanto narcisismo?”
3º o xeque-mate de Rui Santos
Cunhal Leal está indignado. Tem toda a razão para estar. Ele foi mandado para a Liga pelo presidente do Benfica para contrariar o poder do major. Convenhamos que é um grande azar, sobretudo quando quem o mandou para a Liga confessou, perante a estupefacção geral, que seria porventura mais importante ter alguém naquele organismo do que contratar bons jogadores.O estigma não fui eu quem lho pus. Aceitou-o, porque sabe muito bem ao que foi e não se pode confessar enganado. Se não soubesse ao que ia e se cumprisse o seu dever de isenção, não teria autorizado a farsa que constituiu a marcação do Estoril-Benfica para o Algarve, na jornada 30 do campeonato de 2004-05, cujo desfecho foi decisivo para a atribuição do título nessa temporada.A sua credibilidade morreu nesse momento. Quem consente um escândalo dessa natureza (embrulhado noutros escândalos da época), quem se cala perante uma situação potencialmente subversiva, inquinando a verdade desportiva, não tem um pingo de moral para vir falar agora, como especialista de coisa nenhuma, a não ser o de defender interesses de um só clube e de uma só cor, de qualquer tipo de regulamentos, numa clara manobra de visar o FC Porto.As “criadas de servir” dos clubes são, também, na Liga ou na FPF, grandes responsáveis para o estado lamentável a que o futebol chegou. Em causa está apenas a “clubitização da justiça” – e percebo o incómodo que a temática causa para quem aplica os regulamentos apenas em certas condições de pressão e temperatura.Outro grande azar foi Luís Filipe Vieira ter afirmado – já depois de Leal ter cumprido a missão para a qual tinha sido incumbido – que o Benfica porventura não deveria ter conquistado aquele título de campeão nacional. Realmente, é demasiado azar para quem tanto se esforçou para justificar o “investimento” num director e não em jogadores.Azar e... falta de nível! É o mais vulgar quando não se tem poder de argumentação.
PS – O extraordinário desempenho como figurante no filme ‘Corrupção’ diz tudo sobre a pobre figura.
COMO RESPONDE A ISTO SR LEAL? de Leal você tem muito pouco
3 comentários:
detesto o rui....mas teve mt bem
A coisa está interessante.
Mas o Leal não diz mais nada?
Cumprimentos
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