quinta-feira, fevereiro 26, 2009


ASSIM NÃO SERÁ NADA FÁCIL SEGURAR O "INCRÍVEL HULK"


O FC Porto fez uma grande exibição no Vicente Calderón, e ontem, no rescaldo do jogo com o Atlético de Madrid, a imprensa espanhola reconhecia o empate como lisonjeiro para os "colchoneros", rendia-se incondicionalmente à equipa portuguesa em geral, mas confessava-se especialmente esmagada por um jogador em particular: Hulk. Ora, ainda nem sequer foi desta que os espanhóis e a Europa em geral ficaram a conhecer o verdadeiro poder do seu pé esquerdo até porque o avançado brasileiro continua em branco na Liga dos Campeões, mas a forma como desmembrou a defesa "colchonera", a facilidade com que ultrapassou tanto os laterais como os centrais, as inúmeras oportunidades que criou para si e para os companheiros do ataque foram suficientes para garantir a rendição incondicional da crítica espanhola. "Rompeu o Atlético as vezes que quis, arrasando, impondo a potência que lhe dá um físico descomunal, ao que une um pé esquerdo que sabe o que é uma bola", escreveu, rendido, o normalmente contido El País. Nos desportivos, as mesmas exclamações. "Hulk, que quando arranca tem coisas do imparável Ronaldo dos tempos do Barcelona, mas em canhoto", dedicou-lhe o AS que também o escolheu como figura principal do FC Porto no jogo de ontem, descrevendo-o como "um pesadelo para a defesa colchonera" onde "espalhou o caos". Na Marca, destacaram "as três oportunidades que Hulk organizou nos primeiros dez minutos" e no El Mundo Deportivo acrescentaram "espectacular" aos adjectivos, lamentando que "o dianteiro do FC Porto não tenha conseguido o prémio do golo", mas sublinhando que se "tornou num verdadeiro pesadelo para os defesas" do Atlético de Madrid.
Aliás, ainda antes de conquistar a veneração dos jornalistas, Hulk conquistou o respeito dos adeptos "colchoneros". Durante o jogo no Vicente Calderón, a partir do meio da primeira parte, fazia-se silêncio sempre que o avançado brasileiro pegava na bola, como se as bancadas suspendessem a respiração à espera do que pudesse sair dali, respirando sonoramente de alívio no fim, incrédulos
P.S- não tenho problemas em dizer que fui dos que, quando ele chegou, pensei em "fiasco"


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